sábado, 28 de setembro de 2013

Almoço grátis nem antes do Google.



Muita gente me pergunta porque é tão importante estar nas primeiras posições do Google ou dos buscadores na internet. Primeiro falo do Google pois, no Brasil, ele responde por 92% das consultas; os outros ainda são insignificantes quando fazemos nossos bilhões de consultas mensais. E estar na frente em qualquer fila sua vez chegara antes dos outros.
Estar por competência ou até pagando te dá a oportunidade de fazer negócios com investimentos baixos e eficiência cirúrgica, ou, se for por competência, nenhum investimento (pelo menos direto).
A segmentação se tornou efetiva com a internet e seus processos digitais, mostrando-nos que podemos organizar, por computadores e robozinhos, as mais recortadas e fatiadas exigências do mercado em todas as suas áreas.
Até pouco tempo – apenas 15 anos – entendíamos de segmentação quando falávamos de revistas, programas de rádio ou televisão, mas hoje não: qualquer produto, assunto ou serviço tem seu espaço reservado. Espontânea e aleatória são nomes que podemos utilizar para chamar esse tipo de organização que as ferramentas de busca nos oferecem.
Esses dias procurava Fernando, meu podólogo durante 10 anos em Salvador, para uma consulta; em um segundo, estava com seu telefone e endereço...  Que avanço! Que facilidade! Minha mãe, com 80 anos, quase todos os dias me pede alguma consulta e ela nem sabe como mexer no computador, mas conhece os atributos e as facilidades do serviço dessa ferramenta – hoje prioritária em nossas vidas.
Ah... A aderência de estar perto ou associado de alguém com milhões ou bilhões de resultados nos buscadores também te aproxima das posições tão pretendidas e compradas pelas empresas. Quando sua marca ou você esta próximo de alguém com muitos resultados, seu resultado também sobe nos rankings da internet.
Uma das grandes novidades que há tempos falamos aqui no semsura888 é a mais recente modalidade de negócios na comunicação chamada Branded Content, em português “Marca Conteúdo/Marcado”, a qual nada mais é que trabalhar os robôs da internet por intermédio de conteúdo que possua afinidade com seus negócios, alavancando você para milhões e bilhões de primeiras páginas e primeiras posições. Parece fácil, mas isso precisa de técnicas, conhecimento em semântica e semiótica e domínio no comportamento da grande rede.
Tenho certeza de que já escutou histórias sobre alguém que encontrou em segundos o que queria com uma consulta grátis, ou que fez um grande negócio porque estava bem paginado sem pagar nada... Ah! É mesmo, não tem almoço grátis – já diziam os publicitários do passado, aqueles que trabalhavam antes de o Google existir.

domingo, 22 de setembro de 2013

Não sonhei tive o bar em Salvador.


Um dos locais em que tive grandes histórias foi o bar que tive quatro anos em Salvador. Umas mil pessoas por noite, de quinta a domingo. Nosso slogan era o máximo: “Você vem pela orla ou pela Paralela, entra na Jorge Amado e K&K”. O nome era “Country Club” quando compramos, mas mudei para “Kountry Klub” e, em poucos meses, já era “K&K”.
Bar é como o carro russo Lada: uma alegria quando compra e uma festa quando vende. Nunca trabalhei tanto na vida. Acho que, por causa disso, não me lembro muito das histórias e, além disso, na época fazia três turnos na TV Salvador, em São Paulo (América Economia e Bloomberg) e as viradas de noite, em todos os fins de semana, eram no bar.
Minha sorte é que não bebo, se não me tornaria um alcoólatra. As coisas em um bar só quebram na hora que você tem a capacidade total (cheio); depois que compra tudo, ainda falta um monte de coisas e todo mundo te rouba, os clientes, os garçons, os fornecedores e, se tiver sócios, eles te roubam também.
Nesse fim de semana sentei com uns amigos e falamos de ter um bar: dos quatro da mesa, três já tinham, e estávamos sentados no bar de um deles em Salvador.
Das histórias do bar, lembro de uma mesa enorme perto do caixa e, uns 30 minutos depois que as pessoas que a ocupavam terem ido embora, me aparece uma loira jovem perguntando se alguém tinha encontrado um celular. Chamamos o garçom, que disse não ter visto e ela, alterada, insinuou que o garçom podia ter pego. Papo vai, papo vem, enfim: ela mesmo se traiu, falando como justificaria ao pai ter perdido o 8º celular em poucos meses... rsrsrs... 
Lembrei de algumas histórias, como a de quando resolvi colocar detector de metais nas duas entradas do bar e no primeiro dia termos encontrado 12 revólveres! Imagine bebidas, mulheres e todos se espremendo, dançando... Depois, foi diminuindo, até que praticamente não tínhamos mais valentões na entrada.
Graças a Deus nunca teve uma briga no bar; caso contrário, com aquele mundo de revólveres, eu já estaria cumprindo uns anos de cadeia.
Um dos melhores lances que aconteceu foi quando, nas contagens, descobrimos que faltavam caixas de cervejas e aí achamos que alguém invadia o bar nas madrugadas quando fechávamos.
Na segunda, fui para São Paulo com aquilo na cabeça e, chegando a Cumbica, peguei um táxi. Um motorista japonês, em poucos minutos de conversa, havia me dito que tinha sido motorista de uma companhia de cerveja durante 30 anos e me contou os truques dos entregadores.
O melhor era ligar no telefone do bar, na hora da entrega, e distrair a chefia que estava ali para não ser ludibriada, ou a forma de se colocar as caixas que você conta, conta e acha que o número está certo, mas se esperar na porta em pé, vai ver que faltam duas ou três caixas. 
Na quinta, voltei e fiquei na porta da entrada das cervejas e não deu outra: faltavam duas caixas e, com a maior cara de pau, pegaram duas no caminhão e me entregaram... ia falar o quê...
Na conversa no bar com os amigos demos muitas risadas, mas posso dizer que nunca  ganhamos muita grana, e sim muitos cabelos brancos.
E, graça a Deus, nenhum problema maior, apenas uma amnésia terrível sobre as grandes histórias que aconteceram nos quatro anos que sofri horrores nas mãos dos clientes, funcionários e fornecedores. Enfim, não quero para ninguém um “K&K” em sua vida...