Depois que comecei a estudar a história do audiovisual, o
entendimento desta velocidade com a qual a vida nos surpreendeu nestes últimos
30 anos ajudou a entender melhor por que vivemos numa rapidez meteórica.
Imagine! Até 1895 o mundo praticamente era estático, os
próprios irmãos Lumière tentavam de todas as formas fazer seus pratos
decorativos com fotos das pessoas que visitavam a França circular o mundo. A
inquietação deles e de outros, como Thomas Edison, começou a dar esta tal
velocidade.
Uma foto é um frame e para um filme foram necessários 18
deles para termos uma movimentada e significativa imagem que determinou uma
infinidade de conhecimentos.
Quando vemos a imagem da Maria Fumaça chegando à estação de trens
de Paris, ainda temos a impressão de que ela invadiria a sala de projeção.
Imagine os primeiros cinéfilos que viram aquelas imagens! Estes dias vi com
minhas gêmeas baianinhas os Smurfs em 3D e elas ficavam tentando pegar os
bichinhos a dois palmos de seus olhos o tempo todo durante a exibição.
É com essa nova tecnologia digital que estes nossos novos
desbravadores conseguiram turbinar a velocidade do que vemos de 18 para 43
frames. A imagem digital é duas vezes e meia mais veloz que o cinema em película
analógico que conhecíamos até anos atrás, ou melhor, até hoje ainda fazemos
películas.
O dia da fotografia, 19 de agosto, deu-me o pontapé inicial
para escrever este texto, mas como teria que pesquisar alguns dados, achei que
deixaria para depois. Como não consegui, parti para esta tentativa, que tem a
professora doutora abaixo também como minha inspiradora, quando assisti a uma
de suas palestras na faculdade.
Professora doutora Bernadette Lyra “ Cinema hoje :o
retorno da técnica” ,doutora em comunicação no curso que faço em sua palestra
defendeu o raciocínio sobre a milimétrica união dos 18 frames que dão movimento
as imagens de diversas fotografias e não como um corpo solido de imagens em
movimento. Fiquei paralisado com isso , faz tempo que penso algo perto
deste assunto .
Algumas coisas me levam a raciocinar muito com a vinda das
imagens em movimento; uma delas é ser passado no próximo segundo. A outra,
escutei no mestrado: 75% de todas as invenções do mundo vieram nestes últimos
50 anos, que a indústria do cinema esta nas mãos de poucas empresas de
distribuição no mundo . E isso é assim
em todos os mercados do audiovisual ou até a internet era?
Minha vida foi se misturando com imagem quando resolvi fazer
minha graduação em comunicação. Trabalhei por 32 anos e ainda trabalho nas
inúmeras televisões do mercado, Globo (SP E BH), Gazeta São Paulo, três vezes,
Bandeirantes, uma vez, e Canal 21 outra, TV + no ABC, TV Salvador, dez anos,
Bloomberg, quatro anos, e, agora, montando a Ouro Negro TVON em Salvador do
zero (ou, como falo aos amigos, do menos 10). Os tempos são difíceis para
televisão VHF nestes 2013 da vida. Mesmo sendo comercial, meu forte sempre
foram projetos tanto nas revistas como nas televisões em que trabalhei.
Programas como Imprensa na TV (Gazeta, Record,
SBT e Canal 21), Guia da Promoções (Manchete ) com o Osvaldo Marraccini
e o Walter Palermo, e na própria TV Salvador onde dirigi e criei muito audiovisual.
Já faz tempo que estou olhando o audiovisual. Ele, com a
tecnologia digital, tem levado o mundo a velocidades e acontecimentos cada dia
mais grandiosos. Também somos sete bilhões de seres humanos no planeta.
Estes dias, um telejornal na Globo News apresentou uma
pesquisa sobre os cem piores empregos nos EUA – e um deles era ser apresentador de TV. Ah, o pior na
pesquisa era lenhador.
Penso demais no TUDO TELA. Até registrei na registro.com e no
gmail. A indústria da TI – tecnologia da informação – é muito mais rápida que
qualquer um de nós com mais de 45 anos imaginaria 30 anos atrás. E o pior, ou
melhor, nossos filhos são digitais e nós, com uma forcinha, também podemos ser.
Temos todas as ferramentas na mão para nos destacarmos neste
mundo sem barreiras. O problema é que hoje somos bilhões de habitantes e não
mais os pouco mais de 800 milhões de 1895 quando os Lumière e Thomas Edison
inventaram o cinema.
Eu fico impressionada com a sua sabedoria. Parabéns e chegamos ao final. Valeu a pena o mestrado na UAM.
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