domingo, 18 de agosto de 2013

Famoso quem ?


Faz tempo que quero contar esta história, mas, como arrumo problemas demais para minha vida, precisava estar muito contente para que, se alguma coisa não agradasse o protagonista, minha felicidade compensasse os problemas futuros (rsrsrs...).
Imagina, fui atender o Alexandre Frota na TV Gazeta de São Paulo numa das primeiras vezes que ele ficou no desvio, ou melhor, sem estar no ar!
Era 1996, o Luiz Carlos Stein, diretor de publicidade, me marca uma reunião com o cara, que me apresentaria um piloto sobre aventura e esportes radicais, na minha sala, no 6° andar da avenida Paulista, 900.
O cara chegou até humilde, com uma bela ideia e um piloto muito bem produzido, para fazermos uma parceria e eu estava bem a fim de fazer. Mesmo com sua truculência, achei que ele tinha chance e prometi que em dez dias daria a resposta sobre algumas consultas que faríamos ao mercado e a grana eu que teria que arrumar. Sempre fui rápido para o sim e instantâneo para o não. Quem trabalhou comigo sabe disso.
Seu assistente na época, um japonês também bem solicito, se aproximou do Stein e ficamos de entrar em negociação rapidamente, pois ele também tinha algumas promessas de amigos em patrocínios.
Mas a vida não é como a gente traça, e digo sempre que “o bom da vida é que tudo, a todo momento, pode mudar”.
E desta vez a mudança foi forte. Acho que já até contei aqui em outra história sobre a filha que apareceu em Resende, que me rendeu algumas felicidades no inicío e no fim, um problema enorme, inclusive com o Frota. Minha ansiedade, quando soube que tinha uma filha de 18 anos, me atrapalhou e embaralhou umas duas semanas. Na família, no psicológico e no trabalho só pensava em conhecer a nova rebenta já vinda criada.
Passei do prazo com a equipe do Alexandre e com todos que naquelas duas semanas dependiam de uma resposta ou algo que dependesse de muitas reuniões, como uma parceria na TV Gazeta, aprovação de um sem-número de gente da Fundação e conselho de gerentes – uma burocracia aos moldes de uma empresa pública. Mas, eu juro, eles me apoiavam e eu trazia a grana sempre.
Com todos esses rolos, o japonês ligou algumas vezes para o Stein e, sem resposta na terceira vez, já não foi o japa quem ligou e sim o próprio pavio curto Alexandre Frota. Sem saber o que estava acontecendo, falou um monte ao meu brodinho, Índio (Stein). E não deu outra! Tomei suas dores e mandei disser que ali ele não teria mais programa, ou melhor, nem seria mais escutado nem atendido.
O cara deixava centenas de recados malcriados com a secretária, e perdemos os dois. Quem sabe, seria um sucesso seu programa na Gazetinha, ou até ficasse amigo do cara? Mas a vida é dura até para quem é duro, me disse o inverso disso estes dias um ex-amigo meu, bambambã do mercado e meu pupilo durante anos.
Estes dias, o vi na TV, falando de sua família e de seus repentes de loucura. Eu também já tive um monte desses repentes, mas briguei com poucos e colecionei mais amigos, graças a Deus!
Pena que nem o Frota, nem meu ex-pupilo fazem mais parte de minha vida – mas me lembram o bom da vida e que a todo minuto tudo pode mudar e a qualquer momento um ilustre desconhecido como eu pode ser o famoso quem, mesmo?