domingo, 8 de dezembro de 2013

Veículo de comunicação ou ferramenta de distribuição. Youtube

Há dias penso em falar sobre a hegemonia que algumas redes sociais têm alcançado em uma década e vou tentar alinhar um raciocínio entre o futuro das emissoras de televisão abertas ou pagas e seu algoz (pelo menos nessa última edição do Caboré).

Resolvi escrever quando vi que um dos maiores prêmios de publicidade foi ganho em uma concorrência de três marcas fortes: FOX, SBT e YOUTUBE. E pasmem: na categoria veículos de comunicação mídia eletrônica, o vencedor foi o YOUTUBE.
Vejam que, pouco tempo atrás, o presidente da empresa disse que seu produto é uma ferramenta, não uma mídia e, de certa forma, tem razão. Somos nós, usuários, que alimentamos essa ferramenta de conteúdo e é por isso que somos chamados pelos mais entendidos de “prosumidores”, aqueles que produzem e consumem conteúdo e, de agora em diante, aqueles que votam neles mesmos rsrsrs.
Nesses dias, o instituto de internet de Oxford publicou nos quatro cantos do mundo que 30% da população mundial já está conectada e imagino que podemos chamar pequena parte desse percentual de “prosumidora”. No Brasil, devemos estar na média e já consideramos o veículo de mídia eletrônica como uma ferramenta de grande prestígio no mercado.
Como digo sempre, estar antenado não significa entender o novo universo que se delineia na indústria midiática, onde quem se considera ferramenta ou veículo já está equiparado ou está ali pois concorre pela mesma grana. Entendo que a concorrência pelo mesmo dinheiro começa a ter um significado quase que analítico para alguns, mas até eu – que às vezes acho que entendo – tenho essas surpresas...
O que sei é que as chamadas mídias sociais têm feito um estrago incrível no faturamento das chamadas velhas mídias impressas, externas e agora nas eletrônicas, a ponto de – como disse um publicitário no Facebook – quebrar um tabu ao colocar uma ferramenta na mesma categoria de um veículo produtor e distribuidor de conteúdo.
Com as quedas vertiginosas das audiências da mídia eletrônica em nosso mercado, publiquei que a GFK – gigante do mundo das pesquisas – vem com sua pesquisa de números absolutos e mostrará mais evidentemente quem de fato tem a audiência na “Terra de Santa Cruz” (melhor falar de Brasil mesmo). E é lógico que saberemos em breve quem serão os beneficiados nessa pesquisa.
Sem nenhuma pretensão minha de tentar adivinhar ou fazer essas previsões, pois os assinantes do Meio & Mensagem já fizeram isso no Caboré 2013.