domingo, 17 de novembro de 2013

Entrou dinheiro não sai nem a pau.


O bom de circular para quem conta histórias é que encontrar amigos faz sua cabeça arejar e “os causos” aparecem mesmo que as pessoas que você encontra não sejam as protagonistas. O tempo, os lugares e as pessoas voltam como lembranças daquele momento... Historiografar tem lá suas regras e até já me indicaram autores que escrevem sobre isso, mas acabo sempre associando o tempo e os amigos as histórias.
Fui almoçar com o Sergio Fernandes, o português que trabalhou na Globo-SP. Sabem quem é o velho Sergião e suas histórias, algumas até já contei aqui no blog, bem como suas peripécias. Para quem não sabe, o canal 5 em São Paulo, antes de ser do Roberto Marinho, era da Fundação Victor Costa e, quando foi comprado pela Globo, o maître veio junto (ele é um dos poucos que começou na Globo-SP) no inicio do que se formou a Rede Globo . Semana passada levei-o lá no “Madá” de outro publicitário, o Mario Ronaldo, e onde encontro diversos amigos em qualquer dia que almoço lá. Para variar, encontrei o Chico Marin e o Alexandre Secco na porta e acabamos escutando algumas histórias do português com o Roberto Montoro que foi da Rede Mulher, Walter Clark, entre outros, em um almoço simples e engraçado.
E como uma história leva à outra, lembrei-me da reunião da APP naquele mesmo dia, onde conheci a Marcia Asano, craque na Editora Abril, entendida em organização de dados e nova participante das reuniões das segundas quartas do mês (tenho o prazer de participar dessa diretoria que faz o maior sucesso). UhUh! Quando me lembrei de parte da história que vou contar, a outra  lembrei no almoço com o Sergião e companhia.
Bem, vamos começar as histórias, né... Sempre andei com meus mailings do telex ao fax e e-mail durante toda a minha vida profissional (já contei isso aqui um dia). No final da década de 1990, minha primeira ex foi trabalhar na Abril com o competentíssimo Gabriel Rico. Um dia, ela me contou que o mailing da Abril era ruim. Achei aquilo estranho, mas me ofereci a lhe emprestar o meu na época e, quando eles o melhorassem, ela o devolveria . Sem consultar ninguém, ela disse que eu podia contar com isso e lhe dei os disquetes com dados de mídias e clientes do mercado publicitário.
Passaram-se meses e lhe pedi meu mailing, mas nada de ela falar sobre o assunto. Na terceira ou quarta vez que lhe pedi, ela me disse que não poderia me devolver pois o que entrava não poderia sair jamais... (Ahhh isso é regra com dinheiro em veículos de comunicação) . Minha sorte é que tinha cópia  e o assunto se encerrou por ali...
Como disse que uma história puxa outra, lembrei-me de quando trabalhava na TV Gazeta de São Paulo. Minha sala e as de outros diretores eram de frente para a Paulista 900 e nos verões era um calor insuportável. Lembro-me do diretor de jornalismo, Marco Coelho, na sala de  mesma posição em outro andar tinha o mesmo problema.
Tive a ideia de comprar um ar-condicionado portátil. O Stein trabalhava comigo e fomos juntos; já o levamos no dia a minha sala para instalarmos e no fim do dia... imaginem... tudo bem fresquinho!
Em um determinado momento, Marco Coelho chegou dando risada, contou-me que ele também havia tido essa ideia e aí perguntei onde estava o dele (por isso que ria muito...). Um determinado dia disseram a ele que, para o ar estar lá, deveria ter a plaquinha de patrimônio e, um dia, a gerência de patrimônio mandou alguém lá colocá-la. Até aí tudo bem... O engraçado é que, meses depois, tiraram-no da sala dele e o colocaram em uma outra sala que tinha mais necessidade de uma temperatura menor rsrsrs. Marco, como boa praça e funcionário exemplar, não se irritou e perdeu o ar que tinha comprado do seu bolso.
No meu caso, como sempre fui “casca grossa”, nunca ninguém foi lá pedir para colocar a plaquinha e, quando saí, levei meu ar e guardei a nota fiscal. Imaginem... naqueles tempos custava uma nota um ar daqueles!
A única coisa que posso dizer é que regras são regras. Sempre fui muito grato à Casper Líbero trabalhei lá três vezes, apesar de não concordar com muitas de suas regras... rsrsrs