segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Ganhamos o Prêmio Esso com um anúncio!

Ontem, conversando com o amigo Marcos Capitani, falamos da faculdade, da época em que ele era o todo-poderoso gerente no MKT do Bradesco, com 26 anos de idade, e continuamos até chegar aos dias de hoje. Uma das coisas que ele lembrou foi de ter anunciado na revista Imprensa, no especial “Os 80 anos da imigração dos japoneses no Brasil”. Nosso foco eram os nisseis e japoneses jornalistas e os veículos feitos no Brasil na língua japonesa, tipo o São Paulo Shimbun, e eu era supervisor de mim mesmo, meus ajudantes eram os donos Sinval Itacarambi Leão, com muita frequência, e o Paulo Markun, em ações bem pontuais e gloriosas – vejam que dei sorte desde sempre com meus ajudantes. E o anúncio era uma página dupla do banco, a primeira do anunciante na editora e bem-vinda por ser meu primeiro mês trabalhando lá. Eu trabalhava no Jornal do Brasil, ainda em sua fase implacável, seus especiais eram maravilhosos, acho até que gastavam mais do que faturávamos – o Jonhy Brito era gerente comercial e os clientes confundiam o Britão com a família dona do jornal os Brito. Meu último trabalho no jornal foi o especial “Os 80 anos da imigração japonesa”, com o qual faturei bastante. Quando cheguei à editora, lembro que, na minha primeira reunião de pauta na vida com Paulo Markun, Gabriel Prioli e Luiz Carlos Cabral, eu fiz de uma matéria um especial. O Markun me bancou com os experientes jornalistas, que tiraram gozação. Em poucos meses, já havia passado lá uns três diretores e ninguém tinha vendido nada. Esta coincidência e um produto feito por jornalistas de verdade – para quem conhece, o Gerson Sintoni e a Astrid Fontenelle eram focas. Como digo há muitos anos, a palavra “sorte” sempre fez parte de meu CV – ah, e muito trabalho também. Para finalizar e não escrever uma novela que poucos têm saco para ler, matei a pau naquela primorosa edição com inúmeros anúncios, ganhamos um Prêmio Esso com um branded content para a General Motors – GM –, com um belíssimo texto do Gabriel e um conto do Fernando Pessoa, se não me engano. Nem sei se os responsáveis pelo prêmio enxergaram isso. E vai aí meu abraço para o mercado que logo enxergou na época um produto bom e novo para anunciar. São Paulo, 1988.