sábado, 6 de abril de 2013

Realmente bem na Foto.


O Sambódromo do Rio de Janeiro, uma obra polêmica e cheia de política entre os Marinho e Brizola, Globo e Manchete.
Era 1988, eu, como publisher da revista Imprensa – e como digo sempre, atrás de problemas para minha vida (rsrsrs...).
Somos chamados para uma reunião na AAB – agência de RP do grupo Ogilvy, e com uma equipe de feras: Agostinho Gaspar, Elisa Prado, Rogério Ruschel e outros de que não me lembro e que me desculpem.
É bom lembrar que a revista naqueles anos era a coqueluche do mercado editorial, prêmio Esso, prêmio APCA- Associação Paulista dos Críticos de Arte , nossos próprios Libero Badaró, badaladíssimos.
Tínhamos mais páginas de publicidade que a Exame – umas 50 nas edições normais,nas de aniversário e Dia do Jornalista, perto de 100 páginas. Um , contato na Exame, ia pegar a revista no dia em que saía para correr atrás dos anúncios.
Voltando à  AAB , a Elisa nos atende e nos pede uma proposta para um prêmio de fotojornalistas que cobririam o carnaval no Sambódromo, pois a Osran, cliente deles, estaria iluminando a arena do carnaval.
Posso estar enganado, mas acho que foi o primeiro briefing de prêmio que recebi na editora; ainda não eram comuns os prêmios a jornalistas um corporativismo deles próprios muitos da velha guarda encarava como um tipo de corrupção.
A equipe do Agostinho Gaspar era muito criativa e, posso dizer, na vanguarda. Fizemos diversos projetos com eles.
Apresentamos a proposta e fechamos o projeto e, aí, como sempre, os problemas começaram a pipocar.
No primeiro anúncio sobre as regras do prêmio e os prazos, diversos jornalistas ligaram para a editora e disseram que a iluminação seria imprópria para fotografia. Imagina, mandei bloquear essa informação na editora, e só eu sabia disso(rsrsrs...).
Nem pensamos que poderiam chegar muitas fotos e não nos preocupamos com a estrutura, mas bombou de chegar fotos. Desloquei minha secretária  – que na época era a Adriana Baptistinni  , figura conhecidíssima pelos meus pupilos, era a anjo da guarda de todos os vendedores, antes e depois  de virar alcoólatra – para cuidar e preparar para o grande júri.
Aí vem o grande problema. Um ou dois dias antes do dia do julgamento e definição dos premiados, a Adriana derruba sem querer um copo daquele  grandes tipo requeijão antigamente ( hoje são pequenos)  de café com leite cheinho em cima das fotos. O desespero foi geral. Chamamos o Pena Placeres, nosso diretor de arte na época  que nem estava na editora, e ele ensinou como poderíamos limpar as fotos  – a Adriana até chorou (rsrsrs...).
O prêmio foi um sucesso. Ninguém do juri reparou no café com leite que iluminou os premiados e nunca ouviu falar que a iluminação atrapalhou alguém até hoje na Marquês de Sapucaí.
A Elisa Prado é a bambambã da comunicação de uma grande multinacional; o Rogério Ruschel, o craque da sustentabilidade, e o Agostinho Gaspar, com sua agência de comunicação a GIA, escreveu outra grande história no mercado. E o Sambódromo e sua iluminação são conhecidos no mundo inteiro.    

 

domingo, 31 de março de 2013

Daniel Barbará e Francisco Mesquita enxergavam longe estes senhores.



Pouca gente lembra, mas em 1981 apareceu algo que chegava perto da internet: o Videotexto. A Rede Globo foi uma das primeiras a instalar o videotexto que falava com outros videotextos nas agências de publicidade; quem comandava esse departamento lá era o Rui Palhares.
O precursor da internet mostrou suas qualidades com jogos. Tinha um sobre a Fórmula 1 em que colocávamos os possíveis vencedores, e quem acertasse ganhava um prêmio no fim da temporada .E informações gerais sobre a emissora e sua programação . O primeiro “ Vem Ai ” rsrsrs.
Peguei o início da implantação na Globo e fui para a DPZ como comprador de mídia. Quando foram instalar a nova ferramenta de relacionamento na agência, o Rui já me conhecia e eu já conhecia a ferramenta, e, aí, imagine, fiquei o responsável pela maquina nova. Era só um e aos poucos ele foi sendo usado por todos na agencia.
Um dia, atendo uma ligação do diretor de mídia da DPZ- Rio, o Daniel Barbará foi assim que o conheci, me pedindo um trabalho detalhado sobre o Videotexto para um cliente nosso do Rio, a Souza Cruz.
Aí, descobri os primeiros aficionados por tecnologia.  Um deles era o Francisco Mesquita, presidente do grupo Estadão por coincidência hoje também. Com ele conheci até a  maquina que arquivava todos os dados e os enviava aos usuários. Tinha uma ao lado da sala dele, parecia uma aeronave.
Já tínhamos o computador intranet na Globo em 1979, que fazia as reservas e interligava todas as praças. Não ficaria mais fácil instalar nas agências, como tínhamos em todos os escritórios da emissora em todos os estados, em vez de investir em outra tecnologia.
 Agora que Bill Gates fez, é fácil pensar em outra solução. Às vezes, queremos ter a ideia do século, mas acho que já vem determinado quando nascemos quem  terá .Ou quem a enxergará antes dos outros.
Um dos motivos pelos quais escrevo estes textos é ir mostrando fatos e pessoas da história da publicidade na mídia e veículos de 1979 para cá – e olha que são muitos!
Quando resolvi estudar a história do cinema no curso que faço, de mestrado arrumei até confusão na faculdade para variar, pois queria aprender como se escreveu a história da sétima arte ( minha dissertação final é sobre novas mídias) e eu estou conseguindo aos poucos escrever a história de um monte de artistas da publicidade e da comunicação. Imaginem, quando publiquei a primeira, tinha medo de não conseguir escrever a segunda  com esta já são 52 histórias e fazemos um ano esta semana .Não esqueçam o almoço de aniversário na sexta!!!!!