sábado, 2 de novembro de 2013

Chegando na velocidade da luz. Opinião


Prever o futuro é ficção. Acertar o que vai acontecer através de informação e de conhecimento é arte, é pós-moderno; é saber, por meio de códigos, cruzar dados e informar os caminhos antes mesmo de eles acontecerem.
Criar um texto sobre o imaginário social e financeiro do planeta para frente é tarefa difícil e corajosa, pois a velocidade do mundo hipermoderno tem seus sobressaltos cada vez mais próximos.  Existe a possibilidade de as previsões não se concretizarem, pois catástrofes naturais, políticas e sociais podem fazê-las falharem e levar nosso interlocutor ao erro, e o que vemos são acertos contínuos e lógicos que apontam ainda mais o futuro.
A cada dia que passa o tempo real fica rápido. O tempo futuro, o conteúdo e a informação passam a ser materiais básicos – “Commodities” – na busca das soluções e de balizadores do que vem a acontecer no social, empresarial e governamental.
Não descer o penhasco sem corrimão é para poucos, para aqueles que buscam minimizar suas decisões, para aqueles que almejam ajuda nas ciências sociais, nas estatísticas que apontam o certo, o errado e o caminho futuro. Enfim, saber usar esse tipo de informação com visão holística determina quem vai vencer.
O ser humano, segundo Kazuaki Ushikubo, é impulsionado por dois fatores sociais: “caos e ordem” e “extroversão e introversão”. As duas dimensões fornecem um referencial para o posicionamento das quatro carências básicas: MUDANÇA, PARTICIPAÇÃO, LIBERDADE e ESTABILIDADE. Essas carências constituem o espaço cognitivo das pessoas (Marketing em ação. Philip Kotler, Dipak C. Jain, Suvit Maesincee).
Depois da Segunda Guerra Mundial, o crescimento da economia é exponencialmente multiplicado, em projeção geométrica nos 45 últimos anos, chegando a dobrar a cada ano. Isso mostra o significado da rapidez que a socialização das massas necessita para alcançar a maturidade do conhecimento que levará à divisão do consumo e do poder.
Olhar para a massa e ver nela um caminhão sem rumo é o que até a indústria do entretenimento em seu início fomentou ou entendeu assim. Essa visão colaborou para injetar a massa na informação, pois mexia com adrenalina e coisas do gênero.
Mudanças de caráter social e de consumo são significantes para a elevação do conhecimento através da informação. A possibilidade de ter as coisas oxigena o público, bem como todas as nações.
O imperialismo sempre foi o almejar das civilizações. A globalização sugerida, ou melhor, imposta pela presidência de Jimmy Carter ao mundo foi acompanhada por um pacote de tecnologia que distribui conteúdo e informação barata, a qual, na minha opinião, levará a humanidade a participar do poder de decisão através da chegada e saída on-line e em tempo real da informação dos seus lares. Aí a família, da forma que ela se constituir, passará a ter o poder em suas mãos.
O Universo tem de mudar, as pessoas estão mudando, e só não mudam mais por questão de tempo. A humanidade, ou melhor, os indivíduos querem mudanças, mas elas só virão com conhecimento, informação, conteúdo, cultura e regras. E tudo isso vem aos poucos, mas sempre muito mais rápido, pois socializar mais da metade da população do planeta não é tarefa rápida para poucos anos, mas não para uma eternidade (para apenas quatro gerações). Sim, as coisas devem mudar em 30 anos, e é por aí que vamos olhando o mundo passar por nossa janela e não mais como espectadores, mas sim como protagonistas e tomadores de decisões, para que elas venham como os normais gostariam que elas fossem. A linguagem já mudou algumas vezes nesse mundo moderno, mas não tão rápido como estamos vendo agora, pois essas novas ferramentas fazem a diferença (o aflorar da evolução). Elas devem acontecer com velocidade, a fim de não acabarmos com o planeta e com a civilidade e continuarmos tendo esperança e sentirmos as mudanças. Só assim chegaremos aonde poucos ainda enxergam. 
Vamos ter consciência do que é certo, sustentável, social, puro. A briga, todos já notaram: é contra as desigualdades. Parece que o mal está ganhando do bem e, sejamos claros: o bem, na calada da noite, vai ganhar do mal. Ele está se arrumando para isso. A divisão da informação levará as pessoas a se socializarem e com isso virá a cultura, a inclusão, a preocupação de como e onde vivemos e só assim chegaremos...
As bolhas aconteceram para mostrar a rapidez que o mundo teria de mudar, pois seus locutores sabiam que as alternativas para que as coisas acontecessem deveriam ser urgentes. O planeta e as pessoas não aguentariam muito tempo para enxergarem o futuro – o promissor e o esbravejar em seu pequeno microfone para conseguir as coisas até então impossíveis.
Esse é o momento das ações sociais, aquelas que dão oportunidades a todos que vivem nesse mundo. Sabemos que, se as coisas não fluírem para todos os grupos, vai ficar insuportável viver em sociedade, haja vista que nesse período que antecede 2014 vimos presidentes caindo pelas mãos do povo, e manifestações surgirem em um piscar de olhos. A pessoa começa a ter seu reinado, os grupos de pessoas têm o poder em suas mãos. Até pouco tempo atrás só com a imprensa se fazia barulho; agora, qualquer cidadão faz um barulho enorme no mundo de dentro do seu próprio quarto.