domingo, 1 de setembro de 2013

Turbinaram a vida na Terra. Deram velocidade á fotografia - Opinião


Depois que comecei a estudar a história do audiovisual, o entendimento desta velocidade com a qual a vida nos surpreendeu nestes últimos 30 anos ajudou a entender melhor por que vivemos numa rapidez meteórica.
Imagine! Até 1895 o mundo praticamente era estático, os próprios irmãos Lumière tentavam de todas as formas fazer seus pratos decorativos com fotos das pessoas que visitavam a França circular o mundo. A inquietação deles e de outros, como Thomas Edison, começou a dar esta tal velocidade.
Uma foto é um frame e para um filme foram necessários 18 deles para termos uma movimentada e significativa imagem que determinou uma infinidade de conhecimentos.
Quando vemos a imagem da Maria Fumaça chegando à estação de trens de Paris, ainda temos a impressão de que ela invadiria a sala de projeção. Imagine os primeiros cinéfilos que viram aquelas imagens! Estes dias vi com minhas gêmeas baianinhas os Smurfs em 3D e elas ficavam tentando pegar os bichinhos a dois palmos de seus olhos o tempo todo durante a exibição.
É com essa nova tecnologia digital que estes nossos novos desbravadores conseguiram turbinar a velocidade do que vemos de 18 para 43 frames. A imagem digital é duas vezes e meia mais veloz que o cinema em película analógico que conhecíamos até anos atrás, ou melhor, até hoje ainda fazemos películas.
O dia da fotografia, 19 de agosto, deu-me o pontapé inicial para escrever este texto, mas como teria que pesquisar alguns dados, achei que deixaria para depois. Como não consegui, parti para esta tentativa, que tem a professora doutora abaixo também como minha inspiradora, quando assisti a uma de suas palestras na faculdade.
Professora doutora Bernadette Lyra “ Cinema hoje :o retorno da técnica” ,doutora em comunicação no curso que faço em sua palestra defendeu o raciocínio sobre a milimétrica união dos 18 frames que dão movimento as imagens de diversas fotografias e não como um corpo solido de imagens em movimento. Fiquei paralisado com isso , faz tempo que penso algo perto deste  assunto .
Algumas coisas me levam a raciocinar muito com a vinda das imagens em movimento; uma delas é ser passado no próximo segundo. A outra, escutei no mestrado: 75% de todas as invenções do mundo vieram nestes últimos 50 anos, que a indústria do cinema esta nas mãos de poucas empresas de distribuição no mundo .  E isso é assim em todos os mercados do audiovisual ou até a internet era?
Minha vida foi se misturando com imagem quando resolvi fazer minha graduação em comunicação. Trabalhei por 32 anos e ainda trabalho nas inúmeras televisões do mercado, Globo (SP E BH), Gazeta São Paulo, três vezes, Bandeirantes, uma vez, e Canal 21 outra, TV + no ABC, TV Salvador, dez anos, Bloomberg, quatro anos, e, agora, montando a Ouro Negro TVON em Salvador do zero (ou, como falo aos amigos, do menos 10). Os tempos são difíceis para televisão VHF nestes 2013 da vida. Mesmo sendo comercial, meu forte sempre foram projetos tanto nas revistas como nas televisões em que trabalhei. Programas como Imprensa na TV (Gazeta, Record,  SBT e Canal 21), Guia da Promoções (Manchete ) com o Osvaldo Marraccini e o Walter Palermo, e na própria TV Salvador onde dirigi  e criei muito audiovisual.
Já faz tempo que estou olhando o audiovisual. Ele, com a tecnologia digital, tem levado o mundo a velocidades e acontecimentos cada dia mais grandiosos. Também somos sete bilhões de seres humanos no planeta.
Estes dias, um telejornal na Globo News apresentou uma pesquisa sobre os cem piores empregos nos EUA – e um deles  era ser apresentador de TV. Ah, o pior na pesquisa  era lenhador.
Penso demais no TUDO TELA. Até registrei na registro.com e no gmail. A indústria da TI – tecnologia da informação – é muito mais rápida que qualquer um de nós com mais de 45 anos imaginaria 30 anos atrás. E o pior, ou melhor, nossos filhos são digitais e nós, com uma forcinha, também podemos ser.
Temos todas as ferramentas na mão para nos destacarmos neste mundo sem barreiras. O problema é que hoje somos bilhões de habitantes e não mais os pouco mais de 800 milhões de 1895 quando os Lumière e Thomas Edison inventaram o cinema.