quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

A ordem das coisas

 

O digital veio para ordenar, não no conceito de dar ordem, e sim no de priorizar. Imaginem alimentar todos esses oito bilhões de habitantes do planeta sem um bom programa de reservas em silos, mundo afora, dos elementos prioritários para solver a fome. Gente, animais, plantas e lavouras carecem de nutrientes e isso se replica em todas as cadeias de suprimentos que fazem a vida ser mais ordenada.

A partir da hora que dispomos de tecnologia, ela acaba sendo viciante e edificante no trabalho, no lazer, em casa e na rua. Hoje somos guiados por ela. GPS é pouco para o quanto somos e seremos vigiados daqui para frente.

Ninguém se livra do cadastramento. Outro dia escrevi que a qualquer momento na hora de acordar um sistema vai fazer nosso cadastro, senão não comemos, bebemos, nos transportamos e nada fazemos.

A cada dia entram novos apps, inovações visuais e de conteúdo, um mundo diferente de ano em ano. Antes eram décadas até  se mudar algo.

Leis novas precisam ser elaboradas, senão vamos trombar uns com os outros o tempo todo. A vida vai prescrevendo e nascendo vertiginosamente.

Inteligência artificial, realidade aumentada, metaverso, ChatGPT já colocaram no chinelo termos comuns de dois anos atrás.

Um universo inteiro de mudanças passa à nossa porta e sobe quem pode e entende. Muitos de nós tentamos. Esses poucos neurônios do futuro fazem de muitas gerações bobos da corte dos jovens. Sorte ainda têm os velhinhos (as) com o pau duro na ciência, mesmo sendo ela de inovação.

Ganhar espaço, pensar e escrever como nós humanos, ou quase como, imaginar o mundo em N dimensões e fazer pesquisas por conta própria será um estalo dos próximos dois anos e o que vem por aí ainda nem foi inventado.

 

São Paulo,  fevereiro 2023.