terça-feira, 19 de julho de 2022

A publicidade nunca vai acabar, muito pelo contrário.

 Cada dia que passa, os breaks comercias têm ficado menores e quem ainda não descobriu que o público não se incomoda em ver coisas bem articuladas dentro do editorial vai conhecer derrotas e derrotas.

Sempre lembro da TV Gazeta da década de 90 quando falo desse assunto, nossos carros-chefes na programação eram os programas “Mulheres” e “Mesa Redonda”, que eram  recheados de testemunhais e merchandisings. E numa das minhas três saídas da emissora, o diretor que me substituiu resolveu determinar um número máximo de 20 por dia, tínhamos até 50 nos meus momentos de diretor.

Moral da história: o programa que dava quatro pontos de audiência no Ibope, em pouco tempo, apresentou um ponto, e o outro caiu de cinco para dois.

Quem se deu bem foi a Ana Maria Braga que na época tinha seu programa na Record dando traço e com a debandada dos clientes da Gazeta SP, os recebeu e quadruplicou sua audiência.   

O rei do telemarketing na época e nosso maior anunciante dizia que as mulheres faziam a xepa na feira para economizar uma graninha e comprar coisas por telefone e receber em casa pelos Correios.

Mas, voltando ao nosso assunto, hoje o Faustão come o Panetonne e, em breve, o William Bonner, ou quem o substituir, comerá também. A Rede Globo já tem hoje gente que vende espaços dentro de seus telejornais. Ah, é amiga minha, inclusive.

Em 2012, apresentei ao presidente da FAAP, uma das principais faculdades de Comunicação do País, um projeto que sugeria que todos os cursos deveriam ter a oportunidade de ensinar matérias que habilitassem o aluno em publicidade, podia até ser extracurricular. O presidente adorou, já o dono da cadeira de Comunicação quase me matou na hora – mas, matou depois.

Eu ia contra o marasmo que era o curso dele e aquilo iria dar trabalho, o que ele certamente não queria.

A publicidade continua sendo a alma do negócio, vejam Google, Facebook, Youtube entre outros, que desavergonhadamente colocam mensagens de vendas a torto e à direita a nossa frente o dia todo. O OOH já faz isso a tempos, jornais salvo o The New York Times com seus mais de 8 milhões de assinantes não se reinventaram, já os brasileiros um outro texto longo, e as rádios um dia vão chegar nisso, elas são rápidas.

Metaverso, realidade aumentada, transmidia, segmentações ao extremo e quem sabe lá os alienígenas prometem coisas do outro mundo. 

Bendita publicidade venha a nós, que estamos todos esperando seus próximos passos e consumir.

São Paulo julho 2022