domingo, 24 de novembro de 2013

Fazendo a transmidiação de vida.

As semanas vão passando e minhas histórias com fatos reais vão ficando mais difíceis de serem lembradas ... Nessa semana mesmo me lembrei de uma, mas não a anotei e agora, chegando sexta, dia que a mando para revisão, nada de ela voltar a minha cabeça.
Resolvi escrever sobre transmídia: um termo duro de entender tanto no mercado publicitário quanto no acadêmico.
Vou tentar fazer uma analogia sobre minha postura como profissional e o assunto que foi me reinventando por toda a minha vida, o qual vou chamar de cross mídia... É, atuei como profissional de vendas de publicidade durante 30 anos, mas sempre com as mesmas funções nos departamentos comerciais dos veículos de comunicação. Saía de um veículo e ia para outro com as mesmas funções: visitar agências, clientes, criar projetos e ter um relação amistosa com as outras diretorias nas empresas que distribuem conteúdo na chamadas velhas mídias (jornal, TV, revistas), e até nas novas ainda vendi banner em sites e até OOH.
Em suma, vendi espaço no mercado em diversos veículos de comunicação e usando os mesmos métodos.
Já o termo transmídia apareceu recentemente em nossas vidas, sendo ainda mal-entendido e tendo relação com minha nova postura. Hoje produzo conteúdo diferenciado em texto , áudio e vídeo que continua de um veículo para outro, mas uso das características de cada um deles como um produto totalmente diferente na forma e nas próprias maneiras de usá-los. Os personagens são os mesmos nas histórias; contudo, como as usamos é diferente. Não sou mais um visitador de agências e de clientes, produzo conteúdo para diversos veículos de comunicação e nas mais variadas plataformas, com formatações e linguagens diferentes.
Como exemplo, posso usar o do goleiro Marcos, do Palmeiras, um ídolo da torcida como jogador de futebol e hoje assunto de filme. Quem sabe, em breve, façam um videogame sobre ele e até historinhas infantis... Quem sabe também qualquer hora alguém o coloque nas filipetas dos jornais e redes sociais na internet... Enfim, isso é transmídia.
Posso dizer aos amigos que me leem que não é simples essa transformação em nossas vidas. Eu mesmo passei dois anos e meio fazendo um mestrado para tentar entender as novas linguagens e os novos termos.
Bati de frente na universidade com os doutores que têm um ego maior que o dos publicitários e, mesmo com o trabalho pronto, ainda tenho de entregá-lo como um livro para ficar na biblioteca da escola e que caracterizará de vez que não sou mais um vendedor, e sim um transformador – de um vendedor a um contador de histórias minhas (ou daquelas  que estudar e consegui colocá-las no computador e publicar para meus amigos lerem).
Que pena... Como gostaria de estar em minha zona de conforto e dar minhas risadas nas recepções das agências de publicidade! Porém, como sempre digo: o bom da vida é que a todo momento tudo pode se transformar....