sábado, 28 de dezembro de 2013

Velhas mídias não... Novas redes sociais...

             Falamos há anos que as velhas mídias estão acabando... rsrsrs Eu não vejo por aí: vejo, sim, as velhas mídias (como chamamos as anteriores), chegando cada dia mais próxima ao que chamamos hoje de redes sociais.
A cada dia a televisão pede mais vezes aos espectadores suas opiniões on-line, seus vídeos e em alguns (ou melhor, em quase todos) telejornais já vemos diversas matérias recheadas com vídeos feitos por “prosumidores”, como chamamos aqueles que consomem e produzem conteúdo.
Veja o caso da rádio. O grande exemplo é a Sulamérica, a qual começou como uma bela ideia de customizar uma rádio a serviço dos motoristas presos no trânsito de São Paulo. Virou um elo de comunicação do  vendedor de seguros com seus clientes e hoje nada mais é que um produto feito pelos próprios ouvintes, os quais praticamente já mandam de seus celulares as principais notícias sobre o trânsito da cidade ,uma rede social!!!
No caso das revistas, os sites muitas vezes já têm audiências superiores às próprias matrizes impressas e nelas também vemos muita participação dos leitores.
Nem vou falar nada sobre os jornais, pois acho que se pedirem mais opinião dos leitores, virariam uma transmídia totalmente interativa e receptiva, sem ferir a integridade. Melhor do que fechar né rsrsrs
E a mídia indoor, que era totalmente estática? Hoje caminha a passos largos para a interatividade do supermercado com suas ofertas relâmpagos nos shoppings, nos aeroportos e nos calçadões (já na era digital).
Sem interatividade, não teremos mais mídias; com interatividade, poderemos chamá-  -las de redes sociais. Então, meus caros, aquilo que chamávamos de veículo de comunicação, em breve chamaremos de redes sociais: umas totalmente, outras ainda semiproduzidas.
Vamos avançar cada dia mais sobre aquilo que gostaríamos que estivesse publicado, por nossos smartphones ou mesmo por computadores.
Produzir simplesmente conteúdo e o distribuir são coisa do passado o importante hoje é ter participação de todos os lados.
No futuro próximo, quem não tiver habilidade com esse aparelhinho de conectividade globalizado ficará a ver navios rsrsrs Se der sorte, em morar de frente para o mar... rsrsrs

domingo, 22 de dezembro de 2013

Dois anos estudando a hipermodernidade .


Em tão poucos anos procuramos atitudes que justificassem nossos novos métodos de fazer o futuro e encontramos um número infinito de possibilidades. Perdemos a timidez do consumismo e descobrimos que o social e o planeta são fundamentais para sobrevivermos em harmonia. Para diversas pessoas, o mais difícil é entender as ferramentas que fazem o novo mundo caminhar.
Para nós, que viemos da comunicação, o caminho ainda se prolongará, pois viramos o movimentador das novas linguagens, dos novos conceitos e dos aplicativos que fazem o mundo ser tão diferente daquele que vivemos 20 anos trás.
A fila inclui a revolução da tecnologia, interatividade, segmentação, web, internet, primeira tela, segunda tela, conectividade e agora seus milhares de aplicativos que nos colocam a cada dia mais perto da informação on-line. Nada foi descrito como adivinhação ou previsão. Apresentamos dados críveis de crescimento exponencial em todas as instâncias, que demonstraram a extensão da escalada rumo à penetração total na mídia, empresas e sociedade.
Em alguns casos reuni propositadamente Brasil e mundo, pois a globalização realmente confunde. Estamos tão perto de tudo que às vezes temos a impressão de não haver distâncias. Mas elas existem, e quando vamos mais a fundo, vivendo toda a avalanche de novas soluções, ainda estamos bem atrás dos países desenvolvidos, dos softwares ao hardwares, e até no modo de  entender aonde chegaremos. O mais importante é que as mudanças são notadas e normalmente têm velocidade absurdamente rápida. 
Mesmo sendo um entusiasmado pela nossa liberdade, aquilo que Umberto Eco chamou de “apocalípticos e integrados” (Eco, Umberto Apocalípticos e Integrados - Editora Perspectiva), ratifico as dificuldades que encontraremos na briga com os poderes econômicos, corporações, governos e grupos da sociedade. As regras gradativamente são quebradas e adaptadas. A convivência do antigo com o muito novo acontece em todas as áreas da sociedade.
Apesar de não dedicar no texto espaço significativo sobre a história do cinema, nele encontrei diversas explicações para dividir minhas justificativas nos três momentos que determinam esta pesquisa e que serviram de base para os capítulos: mídia, corporações e sociedade. 

Até chegarmos às afirmações que dão significado a este trabalho, deixamos explicitado como e por que o caminho do que chamo de convergência teve seu começo na indústria midiática, e usei em determinado momento um case de rádio entre a empresa de seguros Sulamérica, que transformou o trânsito no maior associado à sua marca, na customização do conteúdo dessa estação. Usei seu exemplo para determinar como uma empresa começou a utilizar o que chamamos de “novas plataformas”: celular, sites, smartfones, rádios e softwares para atingir com seu conteúdo seu público-alvo. Mas afirmo na conclusão que em poucos anos boa parte do conteúdo dessa rádio é agora produzido pelos próprios ouvintes, e fecho a trilogia nos três momentos de meu trabalho.
Nestes dois anos de aprendizado encontrei no mestrado autores que pensavam e justificavam parte daquilo do qual participava em meus anos de profissão no mercado de comunicação. Aos poucos esse conhecimento foi se solidificando, e em diversos casos se tornou realidade, apesar de os céticos ainda exigirem garantias e exemplos mais concretos para perceber aonde chegaremos com a produção e a distribuição de conteúdo. 
Nosso objetivo é colaborar para haver o entendimento de que a queda dos preços facilita nossa vida com os equipamentos que produzem audiovisuais e os armazenam. Ainda, ter a real ideia de que a distribuição do que é produzido na mídia, corporações e sociedade é hoje um complicado quebra-cabeça. E determinar quem realmente tem credibilidade e em quem confiar no momento dessa avalanche de informações com tantos donos disponíveis ao clique em seu computador.
Chego ao final de dois anos acadêmicos bem perto do que vivenciei no caminhar no mercado de comunicação. Tive o respaldo de autores como Nicolau Sevcenko, Cris Anderson, Henry Jenkins , Gilles Lipovetsky e diversos outros que, com pensamentos de vanguarda, contribuíram para entender a velocidade imprimida ao nosso novo mundo. E desvendar aonde ele chegará com suas afirmações e filosofias na revolução na forma de fazer e consumir comunicação.
PS : Conclusão do meu trabalho/ dissertação com 81 paginas no mestrado “Convergência pelos processos e linguagens audiovisuais “ termino 28 10 2013.