sábado, 3 de agosto de 2013

No Copacabana Palace com a loira famosa do jornalismo nacional.


Lembram da Doris Giesse, apresentadora do jornal local da Globo no Rio de Janeiro? Pelo seu despojamento no seu visual e sua firmeza, conquistou e ancorou o principal telejornal nacional  da Bandeirantes durante um bom período.
Há tempos conto esta história aos amigos e parentes e, recentemente, a vi no facebook e, como em diversas das histórias que conto, brotaram-me  os acontecimentos com minha filha Luciana Vieira com, na época, quatro anos e a já adulta Doris Giesse  – cheia de moral, como âncora do jornal das 20h da Televisão Bandeirantes, que, na minha opinião, depois do Jornal Nacional, é a fonte mais importante em nossos telejornais. Na época, foi uma das contratações mais comentadas do jornalismo e da televisão.
Eu trabalhava como publisher da revista Imprensa e tínhamos um escritório no Rio, com o competente Enio Santiago como diretor comercial. Os tempos eram outros e o Enio mandava super bem, com os diversos clientes do mercado carioca Chase Manhattan, Banco Boa Vista, Petrobras, Casa da Moeda, BNDES e as muitas permutas como a com o grupo de restaurantes e casas de show do Chico Recarey, se não me falha a memória, tínhamos na mais badalada até uma mesa Revista Imprensa, e não poderia deixar de comentar as permutas com os hotéis:  Othon, Nacional, Intercontinental e o badaladíssimo Copacabana Palace, palco desta crônica .
Fizemos durante anos permuta com o Copacabana. O único problema é que as diárias tinham prazo para utilização de exato um ano e, na hipótese de não serem utilizadas neste período, eram perdidas, coisa que aconteceu no primeiro ano e nunca mais cometemos esse erro, o qual culminou na história que vou começar logo abaixo.
Sempre fazíamos a permuta no começo do ano e, automaticamente, ela terminava no fim do ano. Fiquei super atento com nosso crédito e quando chegou novembro reservei as últimas três diárias para mim e minha família, pois perderíamos a permuta e ninguém iria gastar com trabalho. Ganhei até uns pontos com o Sinval Itacarambi Leão, meu patrão, pois não perdi diárias como no ano anterior.
Reservei de quinta a domingo e lá fomos nós. Ainda só tinha dois filhos e, como minha primeira mulher não podia faltar ao trabalho, fomos o Caio (seis anos) e eu na quinta e minha filha Luciana e a mãe na sexta à noitinha.
No sábado, foi uma festa o café da manhã. Lembro até hoje, foi a primeira vez que tomei suco de uvas verdes, hoje tão comum , mas naquele tempo só me lembro de ver isso no Copa. Os meninos pequenos e as permutas já faziam sucesso ou já eram histórias com os amigos. Lembro de uma delas, quando recebemos uns televisores do SBT como parte de pagamento de um encarte e coincidiu, em minha casa, de termos comprado uma geladeira nova. Uns amigos chegaram em casa e comentaram  sobre TV e geladeira novas, e meu filho de seis anos mandou de primeira: “Tudo permuta!” – e para explicar que era só a TV (rsrsrs...).
Voltando ao hotel, depois do café da manhã fomos para a piscina. Um luxo! Para vocês terem ideia, encontramos outros dois casais do mercado matando suas permutas com aquele fim de semana ensolarado.
Com quatro anos, toda criança é levada e cheia de charme, e a Luciana não deixou barato. Cruzava a piscina com sua boiazinha de braço e corria em volta, parando e conversando com todos ali presentes.
Até se encontrar com a loira oxigenada e linda apresentadora do telejornal da Band, que estava do outro lado da piscina, tomando seu solzinho sossegada, e gritar: “Pai o que é isso?”, de frente com a simpática Doris que, sem se irritar, a abraçou e brincou com ela. O inverso da maioria dos presentes, que ficaram calados e alguns até riram daquela forma como minha filha entendeu o look da, na época, andrógena e polêmica em sua forma visual para aqueles tempos.
Hoje, com certeza, minha própria filha não acharia sobrenatural alguém com o cabelo oxigenado. As bonecas têm seus cabelos com cores e tons os mais diversos. A facilidade das crianças verem as coisas são tão ou mais fáceis que nós adultos, seus espaços cognitivos vão se preenchendo numa velocidade que jamais imaginaríamos perto de 1989.    

domingo, 28 de julho de 2013

Mulheres 1, 2 , 3 , 4 , e nosso faturamento quase dobrou.


Neste momento em que as novas e as velhas mídias se entrelaçam e determinam uma nova trajetória não só nas comunicações, mas na forma como viveremos a era hipermoderna, e que o conteúdo você escolhe aonde e qual hora vai ver  lembrei-me de uma história que se passou em 1994 ou 1995 com a Ivone Moraes, na época mídia da Standard, mas que tem a ver com a linguagem destes novos tempos.
Dirigia a TV Gazeta SP e o Marcio Loducca, um dos contatos e quem atendia a Ivone, chamou a ela e a mim para almoçar numa das permutas (rsrsrs...). É lógico que queríamos na época mais dinheiro de algum cliente para nosso carro chefe da programação, o Mulheres, com, na época, quatro horas diárias (acho, hoje, um dos programas da grade das TVs mais antigos). Papo vai, papo vem, a Ivone vira e pergunta por que eu não dividia o Mulheres em quatro programas, que as médias de audiências seriam maiores. Demorei uns minutos para entender o que ela falava e quando me toquei não queria comer mais, queria ir para a emissora mudar a tabela ainda naquele dia. E foi o que aconteceu! Em pouco mais de cinco meses crescemos o faturamento do Mulheres em 75%.
Que danadinha nossa amiga Ivone, que rapidez de pensamento desta craque da mídia nacional! Até uns anos atrás falei com ela na central de mídia Bradesco. Estes dias me disseram que está em outra agência grande . Difícil arrumar emprego, mas para esta moça, se Deus quiser, nunca será.
Com a transição midiática, estamos percebendo as linguagens serem cada dia menores e os programas também.  A Globo já enxergou há tempos isso na faixa noturna, que vale mais. Agora, temos uns três programas em vez de um entre a novela das 20h e o Jornal da Globo.
Outras TVs abertas ainda insistem em programas com 2 horas, 1 hora e não sabem por que suas audiências são baixas.
 Já publiquei este texto, mas não aqui no blog. Estes dias, montando a TV Ouro Negro aqui em Salvador, tenho pensado, e muito, nos toques e ensinamentos dos amigos e penso sempre nesta questão. Apesar de ter consciência de que são momentos bem diferentes, a televisão agora se vê de outra maneira, não temos mais sete emissoras brigando e sim milhares quando pensamos na web.
Como gostaria de saber a opinião de nossa amiga Ivone Moraes sobre para onde vão nossos espectadores nos próximos dias, nos próximos anos. Acho que nem a competente Ivone saberia dizer.