domingo, 26 de janeiro de 2014

Na Amazônia aventura com uma equipe brilhante. . .


Em 1995, fui convidado por Paulo Markun a fazer parte da equipe que montaria um novo jornal em Manaus: “Jornal do Norte”.
A equipe era maravilhosa e brilhante; além do Markun , Luis Fernando Mercadante, Manoel Canabarro, Marilia Assef... Eu montaria a área comercial e rápido contratei um profissional local o Hidelbrando,  como diretor . Qualquer publicitário do comercial sabia na década de 90 que teria que vender muitos anúncios antes do produto ser publicado .
Foram inúmeros problemas para colocar o jornal em pé, e não vou nem comentar que construíram a primeira sede em um terreno onde jamais poderia ter um jornal, e muitas outras coisas que só acontecem uma vez na vida... Imaginem: os dois maiores desafetos políticos do Amazonas , na época, eram os sócios do jornal...
Welter Arduini, diretor contratado para a circulação, saiu do Estadão em São Paulo e foi para lá com família e tudo. Quando chegou a mudança, já não trabalhava mais no jornal.
Tudo aconteceu naquele Jornal do Norte , em 3 ou 4 meses de circulação ganhou o premio de vendas 1996 da tipo ADVB secção Amazonas e a gerente da entidade em vez de falar “ entrego o premio ao veiculo do ano ....” disse “ entrego o premio agora ao automóvel do ano ....” hilário .... e o Welter diretor de circulação hoje responsável pela liderança do “Correio” em Salvador    estava no palco com a moça representando o jornal. rsrrsrsr
Mas a história é sobre o convite que recebemos para o Markun mediar uma palestra na Universidade Federal do Amazonas, e – por sorte ou azar – eu estava lá e fomos todos juntos assistir ao que chamo, quando conto essa história, de “a batalha no Campus ”. Ali conheci realmente um político de esquerda na universidade... rsrsrs
Para quem não sabe, Paulo Markun foi preso político durante a ditadura e é um dos jornalistas mais competentes com quem trabalhei, pois, além de escrever, tem uma visão de gestão de primeiro time.
Ah! Para chegar ao campus universitário, atravessamos uma estradinha de um quilômetro de selva. Fomos recebidos por um coordenador, o qual nos levou até o auditório que estava lotado e, logo depois, sumiu.
O assunto era a imprensa e o outro convidado, que seria o diretor de redação da Folha de São Paulo, não apareceu (sorte dele!). Paulo Markun fez seu spit e aí conheci os verdadeiros comunistas de plantão em uma universidade.
A plateia não deixou mais ninguém falar. Alguns gritavam palavras de ordem e desconfiamos até que não sairíamos de lá sem levar alguns cascudos...E olha que só o Markum estava na mesa nós sentamos junto da plateia ?
Saímos “meio saídos”... Demoramos até para começar a rir da atrapalhada; achávamos que seriamos bem tratados e saímos vaiados no meio da Amazônia... Sorte nossa que A Crítica, o concorrente que queríamos desbancar, não estava lá. Do contrário, teríamos saído na capa fugindo do hospício que fomos convidados a palestrar...