sábado, 2 de março de 2013

Vendedor não tem passado nem futuro, só presente.


Meu primeiro emprego  em comunicação consegui  fazendo ficha no Departamento Pessoal para a área de publicidade de uma emissora de televisão .
Dias depois, fui chamado para uma seletiva com umas cem pessoas e fui um dos pré-selecionados.
Era só uma vaga e ela foi preenchida por alguém que já conhecia o gerente. Quando cheguei à entrevista com outros dois concorrentes o contratante e um deles se cumprimentaram, e aí já vi que havia rodado. Network nem havia nascido, mas ser amigo já era importante.
O gerente foi muito simpático e me prometeu uma vaga no futuro, e eu não mais o deixei em paz. Ligava uma, duas e até três vezes por semana, até ser contratado.
Ainda não sabia, mas já era vendedor. Não desisti. Mas , em 1978, fui ser controlador de dados – aquele que coloca informação pra dentro do computador – e logo aprendi que informação correta gera resultado correto, pelo menos na informática. Nas vendas de publicidade às vezes 2 + 2 = 5, principalmente quando vira um case. 
Jamais imaginaria que aquele aparelho em que colocávamos as reservas de espaço, que controlava os encaixes nos programas, um dia seria a revolução de toda a humanidade.
Existiam muitos do contra. “O computador vai tirar nossos trabalhos”, diziam os mais velhos .
Mas o que vi foi aquela emissora crescer e onde havia pouco mais de 35 praças, hoje são centenas;  onde havia 200 funcionários, hoje tem mais de mil, só naquele setor.
Aos poucos, fui conhecendo o mercado de publicidade, as agências, os veículos – até um dia ser contratado por uma agência de publicidade.
Lá tudo era diferente, quem enxergava de cabeça para baixo eram os contatos, no veículo, eram os mídias (rsrsrs...).
Aprendi que todo o mercado de publicidade é menor que uma grande petroleira, mas tem tanto combustível quanto.
Ou que publicidade é igual a dinamite: custa caro para caramba, você compra e não leva para casa e se estourar e não der resultado tem que comprar de novo.
Fiquei pouco na agência e voltei para veículo, em muitos deles com gerentes que ligavam para checar meus roteiros, coisa que nunca fiz como chefe.
Mas usei muito uma frase de um deles: “Não existe vendedor que vendeu muito, nem que vai vender muito. Existe vendedor que está vendendo muito”.
Hoje, com a concretização da era digital, depois de quase 40 anos vivendo com ele, ainda vemos muitos acharem que o computador ou as redes sociais são coisas do demônio.
Sou um jovem senhor de 55 anos da geração B, se posso chamar assim; a A era a de antes do computador. Vivi estes 33 anos com o computador. Nós da publicidade sempre vivemos. Ele é mais rápido que nós apenas umas milhões de vezes. Mas do que temos muito ele não tem nada, que são as ideias – e publicitários têm muito isso!!!!!!.

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