Meu primeiro emprego
em comunicação consegui fazendo
ficha no Departamento Pessoal para a área de publicidade de uma emissora de
televisão .
Dias depois, fui chamado para uma seletiva com umas cem
pessoas e fui um dos pré-selecionados.
Era só uma vaga e ela foi preenchida por alguém que já
conhecia o gerente. Quando cheguei à entrevista com outros dois concorrentes o
contratante e um deles se cumprimentaram, e aí já vi que havia rodado. Network
nem havia nascido, mas ser amigo já era importante.
O gerente foi muito simpático e me prometeu uma vaga no
futuro, e eu não mais o deixei em paz. Ligava uma, duas e até três vezes por semana,
até ser contratado.
Ainda não sabia, mas já era vendedor. Não desisti. Mas , em
1978, fui ser controlador de dados – aquele que coloca informação pra dentro do
computador – e logo aprendi que informação correta gera resultado correto, pelo
menos na informática. Nas vendas de publicidade às vezes 2 + 2 = 5,
principalmente quando vira um case.
Jamais imaginaria que aquele aparelho em que colocávamos as
reservas de espaço, que controlava os encaixes nos programas, um dia seria a
revolução de toda a humanidade.
Existiam muitos do contra. “O computador vai tirar nossos
trabalhos”, diziam os mais velhos .
Mas o que vi foi aquela emissora crescer e onde havia pouco
mais de 35 praças, hoje são centenas; onde
havia 200 funcionários, hoje tem mais de mil, só naquele setor.
Aos poucos, fui conhecendo o mercado de publicidade, as agências,
os veículos – até um dia ser contratado por uma agência de publicidade.
Lá tudo era diferente, quem enxergava de cabeça para baixo
eram os contatos, no veículo, eram os mídias (rsrsrs...).
Aprendi que todo o mercado de publicidade é menor que uma
grande petroleira, mas tem tanto combustível quanto.
Ou que publicidade é igual a dinamite: custa caro para
caramba, você compra e não leva para casa e se estourar e não der resultado tem
que comprar de novo.
Fiquei pouco na agência e voltei para veículo, em muitos
deles com gerentes que ligavam para checar meus roteiros, coisa que nunca fiz
como chefe.
Mas usei muito uma frase de um deles: “Não existe vendedor
que vendeu muito, nem que vai vender muito. Existe vendedor que está vendendo
muito”.
Hoje, com a concretização da era digital, depois de quase 40
anos vivendo com ele, ainda vemos muitos acharem que o computador ou as redes
sociais são coisas do demônio.
Sou um jovem senhor de 55 anos da geração B, se posso chamar
assim; a A era a de antes do computador. Vivi estes 33 anos com o computador. Nós
da publicidade sempre vivemos. Ele é mais rápido que nós apenas umas milhões de
vezes. Mas do que temos muito ele não tem nada, que são as ideias – e publicitários
têm muito isso!!!!!!.
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