domingo, 28 de julho de 2013

Mulheres 1, 2 , 3 , 4 , e nosso faturamento quase dobrou.


Neste momento em que as novas e as velhas mídias se entrelaçam e determinam uma nova trajetória não só nas comunicações, mas na forma como viveremos a era hipermoderna, e que o conteúdo você escolhe aonde e qual hora vai ver  lembrei-me de uma história que se passou em 1994 ou 1995 com a Ivone Moraes, na época mídia da Standard, mas que tem a ver com a linguagem destes novos tempos.
Dirigia a TV Gazeta SP e o Marcio Loducca, um dos contatos e quem atendia a Ivone, chamou a ela e a mim para almoçar numa das permutas (rsrsrs...). É lógico que queríamos na época mais dinheiro de algum cliente para nosso carro chefe da programação, o Mulheres, com, na época, quatro horas diárias (acho, hoje, um dos programas da grade das TVs mais antigos). Papo vai, papo vem, a Ivone vira e pergunta por que eu não dividia o Mulheres em quatro programas, que as médias de audiências seriam maiores. Demorei uns minutos para entender o que ela falava e quando me toquei não queria comer mais, queria ir para a emissora mudar a tabela ainda naquele dia. E foi o que aconteceu! Em pouco mais de cinco meses crescemos o faturamento do Mulheres em 75%.
Que danadinha nossa amiga Ivone, que rapidez de pensamento desta craque da mídia nacional! Até uns anos atrás falei com ela na central de mídia Bradesco. Estes dias me disseram que está em outra agência grande . Difícil arrumar emprego, mas para esta moça, se Deus quiser, nunca será.
Com a transição midiática, estamos percebendo as linguagens serem cada dia menores e os programas também.  A Globo já enxergou há tempos isso na faixa noturna, que vale mais. Agora, temos uns três programas em vez de um entre a novela das 20h e o Jornal da Globo.
Outras TVs abertas ainda insistem em programas com 2 horas, 1 hora e não sabem por que suas audiências são baixas.
 Já publiquei este texto, mas não aqui no blog. Estes dias, montando a TV Ouro Negro aqui em Salvador, tenho pensado, e muito, nos toques e ensinamentos dos amigos e penso sempre nesta questão. Apesar de ter consciência de que são momentos bem diferentes, a televisão agora se vê de outra maneira, não temos mais sete emissoras brigando e sim milhares quando pensamos na web.
Como gostaria de saber a opinião de nossa amiga Ivone Moraes sobre para onde vão nossos espectadores nos próximos dias, nos próximos anos. Acho que nem a competente Ivone saberia dizer.

 

Um comentário:

  1. eu me lembro disso. Fiz parte dessa mudança o que você não sabe, foi o trabalho que deu para fazer isso aparecer no relatório do IBOPE. Tivemos que determinar intervalos comerciais para que isso pudesse nos relatórios. Agora imagine você o que foi explicar isso para o pessoal da programação. Dessa você não sabia.

    ResponderExcluir