Em 1995, fui convidado por Paulo
Markun a fazer parte da equipe que montaria um novo jornal em Manaus: “Jornal
do Norte”.
A equipe era maravilhosa e brilhante;
além do Markun , Luis Fernando Mercadante, Manoel Canabarro, Marilia Assef... Eu
montaria a área comercial e rápido contratei um profissional local o
Hidelbrando, como diretor . Qualquer
publicitário do comercial sabia na década de 90 que teria que vender muitos
anúncios antes do produto ser publicado .
Foram inúmeros problemas para colocar
o jornal em pé, e não vou nem comentar que construíram a primeira sede em um
terreno onde jamais poderia ter um jornal, e muitas outras coisas que só
acontecem uma vez na vida... Imaginem: os dois maiores desafetos políticos do
Amazonas , na época, eram os sócios do jornal...
Welter Arduini, diretor contratado
para a circulação, saiu do Estadão em São
Paulo e foi para lá com família e tudo. Quando chegou a mudança, já não
trabalhava mais no jornal.
Tudo aconteceu naquele Jornal do
Norte , em 3 ou 4 meses de circulação ganhou o premio de vendas 1996 da tipo ADVB
secção Amazonas e a gerente da entidade em vez de falar “ entrego o premio ao
veiculo do ano ....” disse “ entrego o premio agora ao automóvel do ano ....”
hilário .... e o Welter diretor de circulação hoje responsável pela liderança
do “Correio” em Salvador estava no
palco com a moça representando o jornal. rsrrsrsr
Mas a história é sobre o convite que
recebemos para o Markun mediar uma palestra na Universidade Federal do Amazonas,
e – por sorte ou azar – eu estava lá e fomos todos juntos assistir ao que chamo,
quando conto essa história, de “a batalha no Campus ”. Ali conheci realmente um
político de esquerda na universidade... rsrsrs
Para quem não sabe, Paulo Markun foi
preso político durante a ditadura e é um dos jornalistas mais competentes com
quem trabalhei, pois, além de escrever, tem uma visão de gestão de primeiro
time.
Ah! Para chegar ao campus universitário, atravessamos uma
estradinha de um quilômetro de selva. Fomos recebidos por um coordenador, o
qual nos levou até o auditório que estava lotado e, logo depois, sumiu.
O assunto era a imprensa e o outro
convidado, que seria o diretor de redação da Folha de São Paulo, não apareceu (sorte dele!). Paulo Markun fez
seu spit e aí conheci os verdadeiros
comunistas de plantão em uma universidade.
A plateia não deixou mais ninguém
falar. Alguns gritavam palavras de ordem e desconfiamos até que não sairíamos
de lá sem levar alguns cascudos...E olha que só o Markum estava na mesa nós
sentamos junto da plateia ?
Saímos “meio saídos”... Demoramos até
para começar a rir da atrapalhada; achávamos que seriamos bem tratados e saímos
vaiados no meio da Amazônia... Sorte nossa que A Crítica, o concorrente que queríamos desbancar, não estava lá. Do
contrário, teríamos saído na capa fugindo do hospício que fomos convidados a
palestrar...
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