Uma das coisas boas de estar na crista da onda em veículo de
comunicação são as oportunidades de network que pintam.
Estes dias, um amigo diretor de uma rede me contou que
estavam num happy hour na casa de um dono de agência e de uma hora para outra
um amigo, proprietário de uma agência de modelos, mandou 12 das mais lindas.
Eles só viram, que nem mosca de padaria, mas imagine quanta mentira no outro
dia!
Mas esta história é lá por 1988 na revista Imprensa, nosso
ápice de credibilidade, faturamento e moral.
Só de permuta de restaurantes tínhamos Rubaiyat , Esplanada
Grill, Le Bistango ,Santa Colomba ,San Piter
e mais uns cinco bons.
Estávamos tão na onda que fizemos um campeonato de futebol
society, e repare nos times: 1-Chico
Buarque ( Toquinho e Elifas Andreato que me lembro); 2- Osmar Santos; 3-
Esplanada Grill, os riquinhos amigos do Bob Coutinho e Cezar Rios; 4- Imprensa ,
Zé Bomba , Claudio Barres ,Edilson, goleiro Rogério Ferreira , o Sinval (que
no primeiro lance torceu o joelho de frente para o goleiro), e eu na época me
achava um craque??? .
Tomamos de 8 a 1 do time do Chico. Fizemos um, os caras
pareciam que iam perder e de uma hora para a outra já não víamos a bola. Era um
tal do Chico Buarque correr e a bola cruzar a área e gol a todo momento
(rsrsrs...). Dos outros, até que fomos bem, mas perdemos.
Um show, num clube ali em Santo Amaro, perto da represa de
Guarapiranga, e na sequência um belo churrasco do Esplanada Grill com o maître
Carlinhos (o Japa, lembra?) na coordenação
e o Hulk de garçon. Um luxo total para quem viveu esta época de glamour.
O campeonato foi tão importante que até a rádio Globo São
Paulo estava dando noticias ao vivo do local, o famoso Bob Coutinho não jogou. Mas às onze e meia, já
queimando as primeiras picanhas, ficou impressionado com meu filho Caio, que
tinha uns oito anos, mas já comia como gente grande. Anos mais tarde, olha o
seu apelido: Montanha.
O Osmar fez o discurso dos vencedores: o time do Chico e do
Elifas Andreato, Esplanada em segundo, Osmar em terceiro e nós na lanterna.
O churrasco aquele dia foi até tarde e os drinks também. Na
Imprensa minha secretária era a Adriana – já falamos dela aqui, na época já
mandava bem na birita ainda não estava alcoólatra e se enturmava como ninguém
–, ficou famosa no meio. Dávamos muitas festas.
No meio do churrasco, ela já bebinha e quase no colo do Chico,
e ele fala que ela era bonitinha – e era mesmo –, e ela manda na frente de
todos os presentes: “Não sou a mulher de Atenas, não, malandro!“ Teve gente
famosa ali que rolou de rir.
A Dri, como a chamávamos, fez história. O Sinval, meu
compadre também, tanto na política dos anos 60 e 70, como jornalista e
empresário, segura bem sua editora.
Do pessoal do Esplanada, tenho saudades. Até poucos anos
ainda me comunicava com o Cesar Rios, o rei das permutas.
Osmar e irmãos, somos queridos até hoje. E meu network graças a Deus continua lindo (rsrsrsrs...)!
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