Em tão poucos anos procuramos atitudes que justificassem
nossos novos métodos de fazer o futuro e encontramos um número infinito de
possibilidades. Perdemos a timidez do consumismo e descobrimos que o social e o
planeta são fundamentais para sobrevivermos em harmonia. Para diversas pessoas,
o mais difícil é entender as ferramentas que fazem o novo mundo caminhar.
Para nós, que viemos da comunicação, o caminho ainda se
prolongará, pois viramos o movimentador das novas linguagens, dos novos
conceitos e dos aplicativos que fazem o mundo ser tão diferente daquele que
vivemos 20 anos trás.
A fila inclui a revolução da tecnologia, interatividade,
segmentação, web, internet, primeira tela, segunda tela, conectividade e agora
seus milhares de aplicativos que nos colocam a cada dia mais perto da
informação on-line. Nada foi descrito como adivinhação ou previsão.
Apresentamos dados críveis de crescimento exponencial em todas as instâncias,
que demonstraram a extensão da escalada rumo à penetração total na mídia,
empresas e sociedade.
Em alguns casos reuni propositadamente Brasil e mundo, pois a
globalização realmente confunde. Estamos tão perto de tudo que às vezes temos a
impressão de não haver distâncias. Mas elas existem, e quando vamos mais a
fundo, vivendo toda a avalanche de novas soluções, ainda estamos bem atrás dos
países desenvolvidos, dos softwares ao hardwares, e até no modo de entender aonde chegaremos. O mais importante
é que as mudanças são notadas e normalmente têm velocidade absurdamente
rápida.
Mesmo sendo um entusiasmado pela nossa liberdade, aquilo que
Umberto Eco chamou de “apocalípticos e integrados” (Eco, Umberto Apocalípticos
e Integrados - Editora Perspectiva), ratifico as dificuldades que encontraremos
na briga com os poderes econômicos, corporações, governos e grupos da
sociedade. As regras gradativamente são quebradas e adaptadas. A convivência do
antigo com o muito novo acontece em todas as áreas da sociedade.
Apesar de não dedicar no texto espaço significativo sobre a
história do cinema, nele encontrei diversas explicações para dividir minhas
justificativas nos três momentos que determinam esta pesquisa e que serviram de
base para os capítulos: mídia, corporações e sociedade.
Até chegarmos às afirmações que dão significado a este
trabalho, deixamos explicitado como e por que o caminho do que chamo de
convergência teve seu começo na indústria midiática, e usei em determinado
momento um case de rádio entre a empresa de seguros Sulamérica, que transformou
o trânsito no maior associado à sua marca, na customização do conteúdo dessa
estação. Usei seu exemplo para determinar como uma empresa começou a utilizar o
que chamamos de “novas plataformas”: celular, sites, smartfones, rádios e
softwares para atingir com seu conteúdo seu público-alvo. Mas afirmo na
conclusão que em poucos anos boa parte do conteúdo dessa rádio é agora
produzido pelos próprios ouvintes, e fecho a trilogia nos três momentos de meu
trabalho.
Nestes dois anos de aprendizado encontrei no mestrado autores
que pensavam e justificavam parte daquilo do qual participava em meus anos de
profissão no mercado de comunicação. Aos poucos esse conhecimento foi se
solidificando, e em diversos casos se tornou realidade, apesar de os céticos
ainda exigirem garantias e exemplos mais concretos para perceber aonde
chegaremos com a produção e a distribuição de conteúdo.
Nosso objetivo é colaborar para haver o entendimento de que a
queda dos preços facilita nossa vida com os equipamentos que produzem
audiovisuais e os armazenam. Ainda, ter a real ideia de que a distribuição do
que é produzido na mídia, corporações e sociedade é hoje um complicado
quebra-cabeça. E determinar quem realmente tem credibilidade e em quem confiar
no momento dessa avalanche de informações com tantos donos disponíveis ao
clique em seu computador.
Chego ao final de dois anos acadêmicos bem perto do que
vivenciei no caminhar no mercado de comunicação. Tive o respaldo de autores
como Nicolau Sevcenko, Cris Anderson, Henry Jenkins , Gilles Lipovetsky e
diversos outros que, com pensamentos de vanguarda, contribuíram para entender a
velocidade imprimida ao nosso novo mundo. E desvendar aonde ele chegará com
suas afirmações e filosofias na revolução na forma de fazer e consumir
comunicação.
PS : Conclusão do meu trabalho/ dissertação com 81 paginas no
mestrado “Convergência pelos processos e linguagens audiovisuais “ termino 28
10 2013.
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