A rapidez com a qual os
acontecimentos caminham tem o efeito quebrador de barreiras em todos os
segmentos da vida, deixando-nos preocupados com acertos e erros cometidos pelas
gerações que não se adaptaram com a modernidade que acontece a cada dia, fazendo
do conhecimento algo bastante obsoleto em pouco tempo.
Entender os caminhos que a
hipermodernidade vai nos levando pela tecnologia até que não é um “bicho de
sete cabeças” para muitos, principalmente para os que possuem capacidade
acadêmica nos níveis de pós-graduação e com especificidades nas áreas onde o
mundo tem penetrado com maior voracidade nas inovações. O difícil é a
operacionalização de diversas ferramentas praticamente obrigatórias para a vida
funcionar em poucos anos, tendo, às vezes, pequenos períodos convivendo com
elas.
Os mais jovens com capacitação
educacional e recursos financeiros têm se adaptado e ingerido essa expertise em pouco tempo. Seu dia vem
recheado dessas ferramentas desde o princípio escolar, e no próprio dia a dia
familiar.
Mesmo executivos com nível etário
avançado carecem da possibilidade de treinamento constante e têm dificuldade de
operacionalizar os chamados aplicativos (software)
e as novas caixas pretas (hardwares),
pois não fazem mais parte de seus dias.
Entender situações com
sofisticação no mundo digital, tanto em sua composição de hardware como em software,
requer certo estudo e tempo para dedicação em treinamento – coisa que os mais
jovens em seus próprios instrumentos de práticas do entretenimento já colocam
como prioridade em seus espaços de ensino, como também de lazer e
entretenimento.
Quebrar paradigmas nos últimos
tempos tem sido tarefa corriqueira em todos os níveis, do intelectual ao
hierárquico, trazendo dor de cabeça a todos que participam desses novos tempos
– onde inovar é praticamente obrigação para não se perder o rumo da história ou
simplesmente perder o foco no mundo dos negócios, tanto de sua empresa como de
sua vida particular.
Tem sido fácil perceber atitudes
difusas em quem comanda o desenvolvimento e em quem realmente dá as cartas
dentro desse novo horizonte corporativo. Os choques culturais ainda não foram
entendidos por toda a cadeia geradora de cursos, bem como os percursos que a
hipermodernidade necessitará para alcançar qualidade na interação de todos os envolvidos
nos processos que fazem o andar da carruagem.
Os interesses ainda são outros;
os entendimentos, maiores ainda, definindo-se por faixas etárias e capacitações
intelectual e social em todos os níveis da sociedade. Alcançar pensamentos e
atitudes díspares será ainda um grande caminho que trilharemos – é factual e
nítido que as gerações ainda não alcançaram conhecimentos uns à altura dos
outros e principalmente aptidões motoras com as ferramentas que surgem todos os
dias com atributos superiores para operacionalizá-las.
A dificuldade de transferir
informação e conhecimento a sete bilhões de habitantes na Terra e a explosão
demográfica em países em desenvolvimento são empecilhos volumosos para isso se
fazer entender em boa parte de nossas populações, no mundo corporativo ainda
mais distante e com barreiras muito bem vistas, mas ainda muitas delas
intransponíveis tanto no aspecto cultural como naqueles que fazem florescer
inovação.
Nada é mais distante como poucos
anos atrás... A informação circula na velocidade que ela acontece e a
capacidade de processá-la cada dia tem maior volume para todos. O novo bate a
nossa porta a todo instante, e só com diversas gerações vivenciando essa
experiência totalmente nova saberemos
lidar com as escadas que esse explodir de inventos nos atinge e muitas
vezes nos ilha em zonas de conforto antes difíceis até de imaginar perdê-las.
De uns anos para cá tenho sido
categórico e, sem ofensa a nenhuma das partes, o mundo é digital e quem manda
nele é analógico. Vejo dentro de minha própria vida esse distanciamento e cada
dia procuro mais respostas para a quebra dos novos paradigmas que possuem temas
como convergência, cauda longa, transmídia e o próprio digital ainda bem pouco
conhecido por muitos que vivem esse momento histórico em nosso planeta.
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