Prever o
futuro é ficção. Acertar o que vai acontecer através de informação e de conhecimento
é arte, é pós-moderno; é saber, por meio de códigos, cruzar dados e informar os
caminhos antes mesmo de eles acontecerem.
Criar um
texto sobre o imaginário social e financeiro do planeta para frente é tarefa
difícil e corajosa, pois a velocidade do mundo hipermoderno tem seus
sobressaltos cada vez mais próximos. Existe a possibilidade de as previsões não se
concretizarem, pois catástrofes naturais, políticas e sociais podem fazê-las falharem
e levar nosso interlocutor ao erro, e o que vemos são acertos contínuos e
lógicos que apontam ainda mais o futuro.
A cada dia
que passa o tempo real fica rápido. O tempo futuro, o conteúdo e a informação
passam a ser materiais básicos – “Commodities” – na busca das soluções e de
balizadores do que vem a acontecer no social, empresarial e governamental.
Não descer
o penhasco sem corrimão é para poucos, para aqueles que buscam minimizar suas
decisões, para aqueles que almejam ajuda nas ciências sociais, nas estatísticas
que apontam o certo, o errado e o caminho futuro. Enfim, saber usar esse tipo
de informação com visão holística determina quem vai vencer.
O ser
humano, segundo Kazuaki Ushikubo, é impulsionado por dois fatores sociais:
“caos e ordem” e “extroversão e introversão”. As duas dimensões fornecem um
referencial para o posicionamento das quatro carências básicas: MUDANÇA,
PARTICIPAÇÃO, LIBERDADE e ESTABILIDADE. Essas carências constituem o espaço
cognitivo das pessoas (Marketing em ação.
Philip Kotler, Dipak C. Jain, Suvit Maesincee).
Depois da
Segunda Guerra Mundial, o crescimento da economia é exponencialmente
multiplicado, em projeção geométrica nos 45 últimos anos, chegando a dobrar a
cada ano. Isso mostra o significado da rapidez que a socialização das massas
necessita para alcançar a maturidade do conhecimento que levará à divisão do
consumo e do poder.
Olhar para
a massa e ver nela um caminhão sem rumo é o que até a indústria do
entretenimento em seu início fomentou ou entendeu assim. Essa visão colaborou
para injetar a massa na informação, pois mexia com adrenalina e coisas do
gênero.
Mudanças de
caráter social e de consumo são significantes para a elevação do conhecimento
através da informação. A possibilidade de ter as coisas oxigena o público, bem
como todas as nações.
O
imperialismo sempre foi o almejar das civilizações. A globalização sugerida, ou
melhor, imposta pela presidência de Jimmy Carter ao mundo foi acompanhada por
um pacote de tecnologia que distribui conteúdo e informação barata, a qual, na
minha opinião, levará a humanidade a participar do poder de decisão através da
chegada e saída on-line e em tempo
real da informação dos seus lares. Aí a família, da forma que ela se constituir,
passará a ter o poder em suas mãos.
O Universo
tem de mudar, as pessoas estão mudando, e só não mudam mais por questão de
tempo. A humanidade, ou melhor, os indivíduos querem mudanças, mas elas só
virão com conhecimento, informação, conteúdo, cultura e regras. E tudo isso vem
aos poucos, mas sempre muito mais rápido, pois socializar mais da metade da
população do planeta não é tarefa rápida para poucos anos, mas não para uma
eternidade (para apenas quatro gerações). Sim, as coisas devem mudar em 30 anos,
e é por aí que vamos olhando o mundo passar por nossa janela e não mais como
espectadores, mas sim como protagonistas e tomadores de decisões, para que elas
venham como os normais gostariam que elas fossem. A linguagem já mudou algumas
vezes nesse mundo moderno, mas não tão rápido como estamos vendo agora, pois
essas novas ferramentas fazem a diferença (o aflorar da evolução). Elas devem acontecer
com velocidade, a fim de não acabarmos com o planeta e com a civilidade e
continuarmos tendo esperança e sentirmos as mudanças. Só assim chegaremos aonde
poucos ainda enxergam.
Vamos ter
consciência do que é certo, sustentável, social, puro. A briga, todos já
notaram: é contra as desigualdades. Parece que o mal está ganhando do bem e,
sejamos claros: o bem, na calada da noite, vai ganhar do mal. Ele está se
arrumando para isso. A divisão da informação levará as pessoas a se socializarem
e com isso virá a cultura, a inclusão, a preocupação de como e onde vivemos e
só assim chegaremos...
As bolhas
aconteceram para mostrar a rapidez que o mundo teria de mudar, pois seus
locutores sabiam que as alternativas para que as coisas acontecessem deveriam
ser urgentes. O planeta e as pessoas não aguentariam muito tempo para
enxergarem o futuro – o promissor e o esbravejar em seu pequeno microfone para
conseguir as coisas até então impossíveis.
Esse é o
momento das ações sociais, aquelas que dão oportunidades a todos que vivem nesse
mundo. Sabemos que, se as coisas não fluírem para todos os grupos, vai ficar insuportável
viver em sociedade, haja vista que nesse período que antecede 2014 vimos
presidentes caindo pelas mãos do povo, e manifestações surgirem em um piscar de
olhos. A pessoa começa a ter seu reinado, os grupos de pessoas têm o poder em
suas mãos. Até pouco tempo atrás só com a imprensa se fazia barulho; agora,
qualquer cidadão faz um barulho enorme no mundo de dentro do seu próprio quarto.